terça-feira, 6 de outubro de 2009

Refletir....

AS TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO DESAFIAM A EDUCAÇÃO
Nelson Pretto
publicado no Jornal O Dia de Tersina/PI...

Está na ordem do dia a discussão a cerca da presença de computadores nas escolas e sobre a situação da Internet no Brasil. Todo mundo só fala na importância destas tecnologias e existem políticas públicas específicas para a introdução destas TIC, como carinhosamente chamamos as ditas Tecnologias da Informação e Comunicação. A conexão com a Internet virou a menina dos olhos de todos, professores, acadêmicos e políticos e até a Lei Geral das Telecomunicações de 1997 criou um fundo especial para viabilizar isso, o Fundo de Universalização dos Serviços da Telecomunicações (FUST), que até agora não pode ser usado por conta dos imbroglios jurídicos e políticos que estão envolvidos na questão. Anuncia-se tanto uma possibilidade de milionários negócios para as indústrias, como um forte e potencialmente significativo impacto nos sistemas escolares. Os dados são animadores por um lado. Percebe-se que, apesar de serem apenas 13 dos quase 168 milhões de brasileiros, aqueles que estão conectados, que está aumentando a conexão dos que estão em classes sociais menos favorecidas (C, D e E). Também, dizem os números médios, temos mais de 35% de escolas do ensino médio e 6,7% do ensino fundamental conectadas. Parece um quadro animador, se não estivéssemos falando em médias. Na hora que observamos o que de fato está acontecendo no interior de cada escola, vemos uma situação lamentável e que, de certa forma, dá a dimensão do equívoco das políticas públicas e do tamanho do desafio para este governo. Estamos trabalhando de forma intensa, em nossa vigilância permanente, para que estas políticas sejam modificadas urgentemente. Não resta a menor dúvida: ainda se investe muito pouco em conexão no país.
Começam a surgir os famigerados portais para dar apoio ao trabalho dos professores. Portais com materiais didáticos elaborados de forma centralizada, distribuídos de cima para baixo. Os computadores começam a chegar, via políticas públicas ou shows do milhão. As escolas passam a ser equipadas, mas o sistema educacional, em última instância, permanece o mesmo. Hierárquico. Vertical. Centralizado de forma exagerada. Uma velha escola velha, com cara de moderna. Ou, quem sabe, pós-moderna! E a nós – professores e professoras – começa já a ser imputada a culpa. Culpam-nos pelo desânimo, pela falta de interesse em usar as TICs. Ora bolas, basta desse discurso de sempre! Em minhas pesquisas na década de 80 sobre livros didáticos, a ladainha era exatamente a mesma. Os editores diziam que faziam livros ruins porque era essa a demanda dos professores. Isso era a desculpa para termos – como ainda hoje – livros de tão baixa qualidade e aulas pífias! Velhas desculpas para não enfrentarmos o problema de frente: o necessário fortalecimento da escola e do professor. Enquanto o centro das políticas públicas não forem a escola e seus professores, não teremos mudanças substanciais.
Se não forem dadas as condições adequadas, os professores não terão como enfrentar esse enorme desafio. Precisamos de políticas públicas que considerem o professor e a professora, diferentes entre si e entre todos, como sujeitos capazes de liderar todo o processo escolar. Caso isso não seja feito, não adianta distribuir parâmetros, vídeos, computadores, livros ou parabólicas. Precisamos, imediatamente, de professores bem pagos e continuamente formados, como também de escolas bem equipadas e, principalmente, conectadas para que, em rede, articulando-se uns com os outros, possam os professores montar uma verdadeira cruzada de transformação radical da educação em nosso país. Mais ainda, necessitamos de projetos e políticas que fortaleçam os locais, as regiões, e não que sejam elaborados por especialistas iluminados e distribuídos em broadcasting para o conjunto dos brasileiros que estão na escola e fora dela.
Currículo se faz na escola, por aqueles que fazem o cotidiano escolar, diz muito bem Mary Arapiraca, vice-diretora da Faculdade de Educação da UFBA. O professor é um profissional e como tal deve ser considerado. Precisamos acabar com essa nova história de dizer que ele é o centro das resistências às transformações. O professor quer é condições de trabalho e de formação, básica e continuada. Por isso, as políticas não podem prescindir de uma fortíssima articulação com as Universidades e Faculdades que formam os professores, sobretudo as públicas, que se constituem num arsenal de mão de obra qualificada para enfrentar coletivamente essa mudança. Sem dúvida, temos muitos problemas em nossas Universidades mas, também isso, precisa ser enfrentado e essa pode ser mais uma das formas de o fazermos. E, novamente aqui, o que precisamos é de projetos diferenciados e não de projetos gestados em gabinetes e distribuídos para serem seguidos Brasil afora. E adentro!
Por último, acho que está na hora de acabar com essa nova história, que já virou moda ao se falar em educação, de que é preciso melhorar a auto-estima do professor. Se a escola está inserida na comunidade e atuando com esta de forma integrada, se o seu professor tem bom salário e tempo para comer, ler, namorar, conversar com filhos, passear, estudar, se divertir... a auto-estima ocorre naturalmente. Se não forem mudados os rumos das coisas, em breve teremos muitas escolas conectadas mas não para promover interações, e sim para oferecer, à distância, cursos de auto-ajuda e auto-estima para professores e professoras feridos em seus brios porque desrespeitados profissionalmente. A Internet na educação no Brasil está apenas começando. E eu já quero é mais!

(*) Doutor em Comunicação. Professor e Diretor da Faculdade de Educação da Universidade Federal da Bahia (UFBA) [www.faced.ufba.br]. Autor, entre outros, de Uma escola sem/com futuro – educação e multimídia, pela Papirus. []. Responsável pelo projeto dos Tabuleiros Digitais [http://www.tabuleiro.faced.ufba.br].

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Mudar para valer!
“A escola deve ser um espaço socializador.”
Acredito que as mídias na educação estão revolucionando nossa vida e nosso cotidiano escolar.
A educação de nosso tempo não pode ficar engessada na monotonia em que se encontra, cabe ao educador conhecer as novas tecnologias em prol de uma educação de qualidade e não de quantidade em que vivemos em constantes mudanças e uma delas é a tecnologia a favor da educação.
De acordo com Moran a escola precisa criar mecanismo e proporcionar ao educando saberes novos como descrito no vídeo sobre a história de Santos Dumont em que este revolucionou uma época com sua ousadia e sua vontade de vencer os desafios e com muito empenho o mesmo conquistou sua meta.
E como exemplo de superação nossos educadores deveríamos buscar sempre novos conhecimentos para cria, inovar, conhecer, degustar....
Contudo estamos em uma época de evolução das informações em que o professor é chave essencial neste processo de novas tecnologias.

http://www.eca.usp.br/prof/moran
Os bons alunos erram muitas vezes
29 Setembro, 2009 por Vitorino Seixas
No artigo “
O segredo dos Super-Alunos” Graig Lambert defende que “os bons alunos erram muitas vezes, tal como os maus alunos, mas aprendem com os seus erros” e aponta as 5 características dos super-alunos:
- Curiosidade
- Humildade
- Pensamento sintético
- Paciência
- Aprender com os erros.